11 março 2008

5. O CAMINHO NÃO É UMA REFORMA! É REVOLUÇÃO DO EVANGELHO!

O CAMINHO NÃO É UMA REFORMA!

Mas e a Reforma? Para quê serviu, então? Qual o fruto dela, hoje?

Talvez não seja a hora de propor uma Nova Reforma, tal qual alguns tem idealizado?

Não. Uma Nova Reforma é ainda "remendo de pano novo em veste velha".

Buscar reformar o Cristianismo nada muda, visto que apenas se adia o comprometimento radical que o Evangelho demanda.O Evangelho não propõe uma religião, mas o Caminho.

A Reforma Protestante elegeu de 95 teses; arrancou os ídolos do lugar do culto, e os retirou da devoção dos fiéis; aboliu o papado, acabou com boa parte do clero conforme a formatação católica, e afirmou que a Graça, Cristo, a Escritura e a Fé eram os 'pilares' sobre os quais a "igreja" deveria ter seus fundamentos. No entanto, a Reforma não se viu livre das técnicas gregas de 'fazer teologia' e suas sistemáticas, e nem abriu mão do logicismo grego, antes utilizando-se dele a fim de criar seus próprios credos, dogmas, doutrinas e leis morais. A Reforma é um Catolicismo que fez Dieta.

De fato, a coragem que se demanda desta geração é bem maior do que aquela que fez com que camponeses oprimidos pelo papado de Roma tiveram que ter a fim de iniciar a Reforma. Digo isto porque 'ali' a mudança não era radical.

O Evangelho permaneceu 'aprisionado' à Religião, e a coragem revolucionária que Ele demanda para se viver o processo contínuo de conversão e de não-conformação com este mundo, é aquela que se lança ao vento e caminha pela fé.

A DOCE REVOLUÇÃO DO EVANGELHO: UMA DESCONTRUÇÃO!

Diferente de uma reforma, cremos numa Revolução do Evangelho, a qual, só incluirá os cristãos se eles tiverem a coragem de desistir do Cristianismo e abraçar o supremo, porém, seguro risco de apenas andar conforme a revelação da Graça de Deus em Cristo, pela Fé.

A Revolução do Evangelho não se atém a nenhuma preocupação com construção de nada. De fato, o grande problema sempre teve a ver com a necessidade de segurança que as pessoas dizem precisar — o que a religião ficticiamente oferece —; e que as impede de apenas andarem pela fé no que Jesus já fez e consumou por todos os homens.

Assim, o que se exige é coragem para a desconstrução, visto que a promessa é que o próprio Espírito sempre haverá de nos conduzir a toda a verdade.

Se queremos algo de verdade e sério, temos que saber que isso demandará de nós uma volta humilde e sem tradições para a Palavra, isso a fim de sermos completamente lavados das tinturas com as quais o Cristianismo pintou a fé para nós.

Sei que o que digo é verdade segundo o Evangelho, mas também sei que tal fé é incompreensível pelas mentes viciadas no Cristianismo como Religião; e sei que é desinstaladora demais para aqueles que vivem do negócio clerical cristão.

O que creio, portanto, é que há um Basta de Deus em processo de eco no ar... O reino é Dele. A Igreja é Dele. O Povo é Dele. E Ele mesmo haverá de nos surpreender.

Quem, porém, desejar o Novo, então, se quiser ajudar, que não faça mais nenhuma barganha com a religião cristã, e, em contrapartida, que se entregue de coração ao Evangelho de Jesus, e que viva conforme a simplicidade da fé que confia que 'tudo está feito', e que não sobrou tarefa complementar e vicária a ser realizada por mais ninguém, nem pela igreja.

Desse modo, sei que sou uma voz solitária no deserto. Aliás, no que diz respeito a dizer o que digo, outros também o dizem, a diferença é que esses tais, em sua maioria, nada fazem.

Mas, na hora em que milhares e milhões que assim crerem passarem a viver livres conforme o Evangelho, então, sem pai, sem mãe e sem fundador, a revolução se estabelecerá: Sem sede, sem geografia, sem dono, sem tutor, e sem reguladores da fé. Isso, todavia, só será real e genuíno se Jesus for tudo, e o espírito do Evangelho da Graça for a única lei da vida.

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